Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu a análise do projeto da Mesa Diretora que prevê pedido de suspensão cautelar por seis meses para quem agredir fisicamente ou impedir, por ação física, o funcionamento dos trabalhos legislativos. A proposta foi aprovada, na terça-feira (19), no Plenário.
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– Defendo que o relatório possa ser negociado. Não há necessidade de se votar isso hoje ou amanhã. Pode se conversar com os partidos, mas algo precisa ser feito – afirmou Motta.
O projeto é uma reação ao motim protagonizado, no início de agosto, por parlamentares da base do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que tomaram a Mesa por quase 30 horas, impedindo Motta de sentar-se em sua cadeira e, como consequência, conduzir os trabalhos. À Agência Câmara, o chefe da Casa disse que a proposta é uma demonstração clara de que a presidência do Parlamento não concordará com movimentos como o da oposição, quando impediu as votações em Plenário.
– É uma demonstração de que devemos ser enérgicos com esse tipo de atitude – disse.
Motta esclareceu, ainda, que não é do interesse dele “hipertrofiar poderes da Presidência”, mas sim proteger o bom funcionamento da Câmara. “Como estamos tendo movimentos desequilibrados, só vamos conseguir controlar se tivermos sobre a Mesa a condição de punir e sermos pedagógicos com quem não cumprir o Regimento Interno”, acrescentou.
Por conta do movimento da base bolsonarista,14 deputados, entre eles os gaúchos Luciano Zucco (PL) e Marcel van Hattem (Novo), foram encaminhados para a Comissão de Ética. Contudo, no próprio Congresso, há convicção de que os deputados não serão punidos severamente. E a situação poderá ficar na advertência para a maioria.
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